CULTURAL

Cia Deborah Colker - Espetáculo Sagração

Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale apresentam


COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER COMEMORA 30 ANOS
COM O ESPETÁCULO “SAGRAÇÃO”, QUE TERÁ TURNÊ NACIONAL
COMEÇANDO PELO SUL DO BRASIL

Novo espetáculo reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias.

 

A Companhia de Dança Deborah Colker comemora seu trigésimo aniversário com o novo espetáculo “Sagração”, apresentado pelo Ministério da Cultura e do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Lei Rouanet, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução. Nessa versão, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo. Ao longo dos 30 anos a companhia já realizou mais de duas mil
apresentações, em mais de 100 cidades, de 35 países, totalizando um público de cerca de 4 milhões de pessoas.


Após sua estreia no Rio, a Companhia embarca para o Sul do país, se apresentando em Novo Hamburgo no dia 22 de abril, no Teatro Feevale.  Há opções de ingressos populares com cotas limitadas.


“Ao longo desses anos, assistimos e participamos de muitas transformações na cultura, na política e na economia. Chegamos até aqui porque temos este espírito de evolução, que é um tema muito precioso para o novo espetáculo”, avalia o diretor executivo João Elias, que em 1994 fundou a companhia de dança com Deborah Colker.

O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia
de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras. “Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi
responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”. 


Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou à ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e
acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo. 


“Tudo só poderia ter começado com uma mulher. Uma avó. A avó do mundo”, conclui Deborah, que, na companhia de Nilton Bonder, revisitou a mitologia judaico-cristã. Do livro “Gênesis”, as passagens sobre Eva e a serpente e sobre Abraão ganham cenas que destacam momentos de ruptura. “São dois mitos que elaboram sobre a consciência humana: pela autonomia de uma mulher que desperta para caminhos interditados e transgride; e de um homem que sai da sua casa e cultura em direção a si mesmo”,
destaca o dramaturgo. Além das alegorias bíblicas, a coreógrafa também buscou referências na literatura científica.


“A versão mais recente da nossa espécie é a Homo sapiens sapiens que, assim como outros seres, precisa se adaptar  constantemente”, pontua Deborah, destacando a presença das personagens que representam bactérias, herbívoros e quadrúpedes no espetáculo. “Nossa dramaturgia é feita da poesia presente em mitos e teorias que pensam a existência da vida em nosso planeta”. A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros.


Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos. Para Alexandre Elias, “foi um privilégio trabalhar profundamente na estrutura da obra”


Criação, Direção e Dramaturgia
DEBORAH COLKER
Direção Executiva

JOÃO ELIAS
Direção Musical

ALEXANDRE ELIAS
Direção de Arte

GRINGO CARDIA
Dramaturgia

NILTON BONDER
Figurinos

CLAUDIA KOPKE
Desenho de Luz

BETO BRUEL
Fotografia

FLÁVIO COLKER
Produção Local

ORTH PRODUÇÕES

SERVIÇO
Local | Data | Horário
22/04 - NOVO HAMBURGO - Teatro Feevale - 20h30


Faixa Etária
A PARTIR DE 10 ANOS


Duração
70 MINUTOS
(sem intervalo)
Acessibilidade
LOCAL ACESSÍVEL PARA CADEIRANTES

*Ingressos solidários com cota limitada